Projeto busca alertar jovens em escolas sobre perigos do cigarro eletrônico

4 de junho de 2025 – 17:42
Por: *Francisco Júnior

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Projeto de lei propõe ações educativas para combater o uso de cigarros eletrônicos entre crianças e adolescentes no DF.

Após a morte de uma adolescente de 15 anos em Brasília, no último dia 30, por supostas complicações causadas pelo uso de cigarro eletrônico – popularmente conhecido como “vaper” – o debate sobre os riscos à saúde desses dispositivos entre jovens voltou ao centro das discussões públicas e políticas.

O caso, que gerou comoção e acendeu o alerta para o crescimento do uso desses produtos entre menores de idade, ganhou repercussão nacional e tem impulsionado iniciativas voltadas à conscientização e prevenção.

Diante desse cenário, que envolve casos de adolescentes apresentando problemas de saúde e a óbitos por conta dos cigarros eletrônicos, o deputado distrital Wellington Luiz (MDB) protocolou o Projeto de Lei nº 1165/2024 na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), propondo a criação de uma Campanha de Conscientização sobre os Riscos dos Cigarros Eletrônicos para Crianças e Adolescentes. A proposta tem como foco a realização de atividades educativas nas escolas públicas do DF, com o objetivo de alertar os estudantes sobre os perigos do uso de vapes.

Wellington Luiz (MDB) – (Reprodução CLDF)

Segundo o texto do projeto, a campanha incluirá palestras, distribuição de materiais informativos e ações interativas que abordam os impactos do cigarro eletrônico, especialmente no sistema respiratório e no desenvolvimento cerebral de jovens. O deputado destaca que, ao contrário do que muitos adolescentes acreditam, os vapes não são inofensivos e podem causar dependência de nicotina, lesões pulmonares graves e até levar ao consumo do cigarro tradicional.

Ao fornecer conhecimento adequado, essa campanha tem o potencial de preparar os estudantes para tomar decisões assertivas e resistir à pressão social e às investidas”, afirma Wellington Luiz. O parlamentar ainda argumenta que há uma “urgência em desmistificar a ideia de que os vapes são seguros”, sobretudo diante da popularização desses dispositivos com sabores atrativos, frequentemente direcionados ao público jovem.

A proposta também se conecta com o debate sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa quanto à venda e publicidade desses produtos. A campanha nas escolas pode, segundo o deputado, deve contribuir para o fortalecimento de políticas públicas mais restritivas no Distrito Federal, tornando a região uma referência no combate ao uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes.

Enquanto a sociedade busca entender melhor os riscos associados aos cigarros eletrônicos, casos trágicos como o da jovem brasiliense expõem a urgência de ações preventivas. Especialistas em saúde pública têm alertado que os vapes, apesar de serem vendidos como alternativa “mais segura” ao cigarro comum, contêm substâncias tóxicas e podem causar danos irreversíveis, especialmente em organismos ainda em desenvolvimento.

Pedro Silva de 23 anos, tem consciência dos prejuízos que os cigarros eletrônicos causam à saúde, mas admite que enfrenta dificuldades para abandonar o uso. Apesar de já ter tentado diversas vezes parar, ele afirma que o vaper se tornou um vício presente em sua rotina diária, do qual não consegue se desvencilhar. Ele apoia a proposta de conscientização nas escolas, pois acredita que o problema começa ainda na adolescência, muitas vezes impulsionado pela influência de amigos.

A aprovação do PL 1165/2024 pode representar um passo importante para transformar a tragédia em aprendizado coletivo, protegendo novas gerações dos perigos silenciosos desse hábito crescente.

*Estagiário sob supervisão da redação.

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