O Produto Interno Bruto do Brasil – que mede o conjunto de tudo o que foi produzido na indústria, no comércio, nos serviços – cresceu 2,5% na primeira metade do ano. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre, o crescimento foi de 1,2%, uma ligeira evolução em relação ao primeiro trimestre, que havia registrado 1,0% de alta.
Para o cidadão, é importante conhecer esses dados, porque é o indicador do PIB que traduz o crescimento econômico do país. Quando o a economia cresce, traz consequências positivas, como a geração de empregos, a possibilidade de mais investimentos no país e a capacidade de compra, com o dinheiro circulando entre as pessoas.
Exemplo dessa relação entre a melhora do PIB e a geração de empregos, está nos dados divulgados ontem pelo IBGE, sobre a queda na taxa de desemprego, que ficou em 9,1%.
Se a economia cresce de maneira sustentável, mais constante, há a segurança de que as empresas não fecharão, as fábricas manterão suas portas abertas e o emprego será mantido.
Setores em alta
De acordo com o IBGE, o setor de serviços liderou o crescimento econômico do país no primeiro semestre, com alta de 4,1%. “Os serviços estão pesando 70% da economia, então têm um impacto maior nesse resultado”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Dentro dos serviços, tanto na análise trimestral quanto na semestral, o que mais puxou a alta foram as atividades presenciais, que estavam represadas durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis. Estes itens são enquadrados como “outras atividades de serviços” no relatório do IBGE. As áreas de “transportes” e “informação e comunicação” também estão entre os que mais contribuíram.
A Indústria observou ligeira alta, de 0,2%, enquanto a Agropecuária registrou queda de 5,4%.
Pelo lado da demanda, contribuiu para o aumento do PIB o consumo das famílias que, após a tímida elevação de 0,5% no primeiro trimestre, cresceu 2,6% no segundo trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%).
Já o consumo do governo recuou 0,9%, após registrar estabilidade no trimestre anterior (-0,1%).
“A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estavam com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, observa Rebeca.