A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (28), nova redução no preço da gasolina. As distribuidoras passarão a comprar o litro por R$ 3,71 a partir de sexta-feira (29). O recuo é de 3,9% ante o preço praticado hoje, de R$ 3,86 por litro. Esta é a segunda redução no ano. A primeira foi anunciada há pouco mais de uma semana, em 19 de julho, quando o preço foi reduzido em R$ 0,20 por litro nas refinarias.
Segundo a estatal, a “redução companha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”.
Na bomba, o preço da gasolina está em trajetória de declínio há 1 mês. Isso se deve à lei que impôs teto de 17% a 18% para as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis.
A redução de R$ 0,35 nas refinarias da Petrobras, somados os 2 reajustes anunciados pela estatal nos últimos 10 dias, deve dar sobrevida à queda.
De acordo com a Petrobras, a expectativa é que a redução anunciada nesta 5ª feira (28.jul) diminua sua participação na gasolina vendida nos postos. A redução seria de 3,9%, saindo de R$ 2,81 para R$ 2,70 por litro. Os valores são menores que nas refinarias porque consideram a adição de etanol anidro à gasolina, na proporção de 27%.
O recuo está acima do preço de importação, de acordo com dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) para o dia. Os preços internos estão 2% acima do valor pago na importação, ou R$ 0,07.
A Petrobras adota política de preços de paridade de importação, o chamado PPI. Com a queda no preço do barril e na cotação do dólar nos últimos dias, o valor de importação também diminuiu.
Na quarta-feira feira (27), a Petrobras publicou diretriz para o preço dos combustíveis, reafirmando o PPI. Disse que a composição de preço “deverá buscar maximizar a geração de valor para a companhia”. Contudo, determinou que o conselho de administração “supervisione” a aplicação da política.
A nova composição do conselho será votada pelos acionistas da Petrobras em 19 de agosto. O governo indicou 8 nomes, dos quais 2 foram vetados pelo Celeg (Comitê de Elegibilidade) da estatal, por potenciais conflitos de interesse.