Em vez de retornarem todos os dias para casa, elas improvisam nos espaços públicos um local de moradia e pernoite ou vão para um dos serviços de acolhimento ofertados pelo GDF. Estima-se que 2.938 pessoas vivam assim no Distrito Federal.
É o que revela a mais recente pesquisa da Companhia de Planejamento (Codeplan), elaborada em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e apoio da Secretaria de Economia (Seec), sobre o perfil da população em situação de rua do Distrito Federal. O material está sendo divulgado, nesta terça-feira (14), em transmissão ao vivo pelo canal da Codeplan no YouTube, a partir das 9h30.
Os dados apresentados na pesquisa são importantes para o desenvolvimento de ações voltadas a esse público, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “De posse dessas informações, a equipe técnica vai ser capaz de fazer os recortes necessários para que a atuação da política de assistência social chegue com ainda mais eficácia ao cidadão”, afirmou a gestora.
“A pesquisa sobre a população em situação de rua surge da demanda dos movimentos sociais que atuam com o tema, que necessitavam de informações sobre esse segmento”, aponta o presidente da Codeplan, Jean Lima. “Essa demanda foi prontamente atendida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e pela Secretaria de Economia. Dessa maneira, pela primeira vez, o GDF e a Codeplan entregam uma pesquisa que retrata o perfil socioeconômico e dados demográficos da parcela mais vulnerável da população do DF.”
A pesquisa também contou com apoio técnico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e recursos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), por meio de emenda parlamentar da deputada Arlete Sampaio. Os dados foram coletados em fevereiro deste ano em todas as 33 regiões administrativas do DF. Os entrevistadores atuaram em espaços públicos, serviços de acolhimento e comunidades terapêuticas. Classifica-se como pessoa em situação de rua aquela que respondeu ter dormido pelo menos uma vez nos últimos sete dias na rua ou em um serviço de acolhimento.