O ano não está nem na metade e o número de ocorrências policiais no ambiente escolar preocupa. Desde que as aulas começaram, em fevereiro, até o início de abril, foram feitos 581 registros de crimes dentro e nas proximidades das escolas.
Entre as situações mais frequentes estão casos de lesão corporal, ameaça e furto. Os dados são da Polícia Civil e representam 5 ocorrências por dia, em média.
A maioria dos delitos ocorreu em escolas públicas (55%), seguida por colégios particulares (19%) e faculdades (12%). As regiões administrativas onde mais foram registradas situações de violência foram Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia.
As mulheres foram as mais atingidas e os crimes mais cometidos foram os de furto, seguido por ameaça, injúria e lesão corporal.
Nem as escolas cívico-militares ficam de fora quando o assunto é a violência. Recentemente uma vice-diretora de uma escola da Cidade Estrutural teve que dar explicações à polícia civil por ter chamado um policial militar de “cagão”. O motivo seria a condução de um aluno que estaria como uma faca à delegacia da criança e do adolescente.
Para especialistas em educação a solução para o combate à violência dentro das escolas não está somente no ambiente escolar, mas também na melhoria das condições de vida das famílias. Fortalecer a participação de toda a comunidade local na gestão das escolas também é um caminho defendido como um caminho para a harmonia entre estudantes, pais, professores e funcionários das escolas.