Governo derruba liminar que poderia atrasar privatização da Eletrobras

6 de junho de 2022 – 14:46
Por: Redação

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O governo derrubou a liminar que suspendia a assembleia de debenturistas de Furnas, subsidiária da Eletrobras, marcada para esta segunda-feira (6/6). A reunião estava suspensa por decisão no domingo (6/6) do Tribunal do Estado do Rio de Janeiro, em uma ação movida pela Associação dos Empregados de Furnas.

A decisão de derrubada da liminar é do presidente do TJRJ, Henrique Carlos de Andrade Figueira, que suspendeu os efeitos da tutela provisória até o trânsito em julgado da decisão de mérito. Leia a decisão na íntegra.

O argumento do governo para pedir a derrubada da liminar foi de “salvaguardar manifesto interesse público e prevenir grave risco à ordem, à economia e à segurança pública nacional”.

Conforme a ação, a assembleia é condição prévia para a oferta pública de ações da Eletrobras. Se não ocorrer, a privatização pode atrasar em cerca de um mês, aumentando os riscos de mercado. O governo recorreu da decisão para manter a data prevista para a privatização em 13 de junho.

“(…) a União Federal é lesada economicamente de forma direta pela interrupção do processo de desestatização, porquanto deixará de: (i) vender as ações que possui na Eletrobras em oferta secundária, reduzindo sua participação a 45% ou menos das ações ordinárias; (ii) receber o valor das outorgas, na ordem de R$25,6 bihões de reais; e (iii) lucrar com o aumento do valor de mercado das ações que lhe restarem após a operação, como acionista relevante da Eletrobras que continuará a ser”, pontua o governo no pedido.

Na decisão, o juiz considerou que a suspensão da assembleia causaria “impacto significativo” no planejamento setorial elétrico brasileiro, sendo capaz de comprometer a modicidade tarifária e o acesso das camadas mais carentes da população ao serviço essencial

Uma vez concluída a assembleia, o caminho estará livre para a reserva de ações, que está prevista para os próximos dias. Mas outras intercorrências na esfera judicial podem ocorrer, como é tradicional nesse tipo de processo, e o governo está com muito foco em derrubar eventuais novas liminares para atrasar o processo e garantir a data do dia 13.

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