Doria continua candidato à Presidência

31 de março de 2022 – 14:45
Por: Redação

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Nesta quinta-feira (31), o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, divulgou carta para defender que o governador de São Paulo, João Doria, é o candidato do PSDB à Presidência se ele quiser. “As prévias serão respeitadas pelo partido”, disse o tucano, que era cobrado por aliados do governador paulista por uma defesa dele, que tem a pré-candidatura ameaçada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que também deixará o cargo dizendo que pretende concorrer à Presidência pelo partido.

“O governador tem a legenda para disputar a presidência da República. Não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido”, escreveu Araújo.

Aliados de Doria se queixaram de que Leite anunciou a renúncia ao governo gaúcho e a pretensão de ser candidato no lugar de Doria, mas não foi rebatido por Araújo até então.

Nesta quinta-feira, o governador disse a aliados que teria desistido de concorrer à Presidência e não sairia do governo de São Paulo, com isso, não dando espaço para o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ganhar mais protagonismo para disputar a eleição. Doria prometeu se manifestar às 16 horas, em evento no Palácio dos Bandeirantes.

Na carta, Araújo ainda “reafirma o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro”. “O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país”, disse.

Araújo embarcou nesta tarde de quinta-feira em voo de Brasília para São Paulo. Ele vai reforçar a força-tarefa do PSDB para demover Doria da ideia de desistir da candidatura presidencial e permanecer à frente do Palácio dos Bandeirantes. Uma reunião de aliados acontece nesta tarde, mas Araújo só desembarca na capital paulista ao redor das 14 horas.

O recuo de Doria da postulação à Presidência da República implode todo o projeto do PSDB em São Paulo, que gira em torno da posse de Rodrigo Garcia no comando do governo. Garcia ainda patina nas pesquisas, e a cúpula tucana avalia que somente na direção do Palácio dos Bandeirantes ele conseguiria se recuperar nas próximas sondagens. Ele aparece atrás de Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB), e Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Diante do aceno de Doria, Garcia já começou a negociar com o União Brasil seu retorno à sigla de origem, e já teria pedido demissão da Secretaria de Governo. Ele era do DEM, mas trocou a sigla pelo PSDB a convite de Doria para concorrer ao governo de São Paulo. Aliados de Garcia acusam Doria de “traição”.

Outro problema é o palanque de Eduardo Leite em São Paulo se ele se tornar presidenciável do PSDB. Há dúvidas se Doria ajudaria Leite em São Paulo. Além disso, Doria tem alta rejeição em São Paulo, enquanto Garcia ainda é desconhecido, e tem baixa rejeição.

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