O último dia do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep 2025), do IgesDF, discutiu aplicações de inteligência artificial, avanços em diagnóstico e novas tecnologias para o Sistema Único de Saúde. Realizado na quarta-feira (19), o evento reuniu especialistas, gestores e estudantes para debater como ferramentas digitais, pesquisas e inovações podem modernizar o SUS. A estudante Edna Albuquerque destacou que as palestras ampliam a compreensão sobre o funcionamento da área.
Na abertura, o oncologista Gustavo Ribas apresentou atualizações sobre pesquisas de câncer de pulmão, seguido por Mônica Iassanã, que reforçou desafios da regulação em saúde. Um dos focos do dia foi o uso de IA para reduzir burocracias e integrar sistemas, tema abordado pelo pesquisador da UnB Nilton Correia da Silva, que defendeu o uso da tecnologia para liberar profissionais para o atendimento, sem substituir a verificação humana.
O cirurgião Daniel Sammartino destacou como a robótica e exames modernos têm permitido diagnósticos oncológicos mais precisos, aumentando a taxa de sobrevivência em casos de câncer de pulmão detectados mais tardiamente. Também houve debate sobre terapias gênicas, com especialistas da UnB e do Instituto Deaf1 discutindo aplicações em doenças raras e autismo.
A cardiologia ganhou espaço com palestras sobre espiritualidade no cuidado cardiovascular, avanços em cirurgias transcateter e desafios no transplante cardíaco, apresentados por especialistas do Hospital de Base e do ICTDF. A judicialização da saúde também foi discutida por médicos, promotores e representantes jurídicos do IgesDF.
O congresso terminou com a palestra “Pense como um Cientista”, do pesquisador Diego Nolasco, que reforçou a importância da curiosidade e da análise crítica. Com o tema “Conectando Saberes e Tecnologias para o Futuro da Saúde”, o Ciep 2025 reuniu mais de 1.800 participantes, seu maior público, e contou com apoio da FAPDF, BRB e diversas empresas parceiras.
*VIA GDF
*Estagiário sob supervisão da redação.


