Na primeira viagem de seu mandato a Juiz de Fora (MG), cidade onde sofreu uma facada durante as eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso emocionado em que relembrou o episódio, detalhando seus momentos anteriores e posteriores.
Bolsonaro cumpre agenda nesta sexta-feira na cidade mineira. Em seu primeiro discurso na cidade, ele participou da 43ª Convenção Estadual das Assembleias de Deus (CONAMAD) e lembrou da facada sofrida há quatro anos.
Ao desembarcar no aeroporto, o presidente participou de uma motociata com aliados políticos, como o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
É a primeira vez, em todo o seu mandato, que Bolsonaro volta a Juiz de Fora depois da facada, executada por Adélio Bispo, durante a campanha presidencial de 2018.
Adélio segue preso pelo atentado. As investigações foram encerradas e concluíram que ele agiu sozinho.
O chefe do Executivo disse ter passado um “calvário” dentro do hospital. “Dizem os médicos que facada é mais grave que tiro”, afirmou em culto da Assembleia de Deus. Logo em seguida, reiterou críticas, embora indiretas, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tem alguns na Praça dos Três Poderes que querem ter poder absoluto. Eu venho falando há algum tempo: essas pessoas podem muito, mas não podem tudo”, acrescentou.
Aos evangélicos, Bolsonaro ainda voltou a levantar suspeitas, sem apresentar provas, sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro.
“Eu acho que ganhei no primeiro turno as eleições de 2018, mas deixa para lá. Estou há três anos e meio sem um dia de paz, mas entendo que é missão”, declarou.
Após a participação no culto, o presidente irá à Santa Casa de Juiz de Fora, local em que recebeu o primeiro atendimento médico após a facada.