O comércio brasileiro comemorou nesta última terça-feira (16) o Dia do Comerciante com bons motivos para celebrar. Além do aumento nas vendas e da criação de vagas com carteira assinada, o setor reforçou sua importância na geração de emprego e renda no país.
De acordo com dados do Novo Caged, o comércio criou mais de 23 mil empregos formais em 2025 até maio, e o total de trabalhadores com carteira assinada subiu 3,7% entre 2022 e 2024, passando de 10,19 milhões para 10,57 milhões. Só em maio, foram 56.708 contratações Outro dado que reforça o bom momento do setor é o crescimento de 4,7% nas vendas em 2024, o melhor desempenho desde 2012, segundo o IBGE. O comércio varejista ampliado, que inclui áreas como veículos e materiais de construção, cresceu 4,1%.
Apesar dos bons números, entidades representativas alertam que o setor ainda enfrenta desafios como a alta rotatividade da mão de obra, a informalidade em algumas regiões e a necessidade de qualificação profissional para atender às novas demandas do mercado. Um dos destaques da movimentação recente do comércio foi a alta nas contratações de jovens entre 18 e 24 anos, que aumentaram 156% em maio. Já o grupo de 25 a 39 anos teve queda nas admissões, mostrando uma mudança no perfil de contratação.
Entre os segmentos, o varejo de alimentos segue na liderança em número de trabalhadores formais (1,2 milhão), seguido pelo setor de roupas e acessórios, e o comércio farmacêutico. Os estados com mais contratações continuam sendo São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
Passado o Dia do Comerciante, a previsão de aumento no consumo para o fim do ano e a possível redução da taxa de juros são vistos como fatores que podem impulsionar ainda mais o desempenho. Especialistas apontam a importância de políticas de incentivo, investimentos em qualificação profissional e estímulo à formalização do trabalho.
*Estagiário sob supervisão da redação.