A Anistia Internacional, uma das principais organizações de direitos humanos do mundo, pediu, nesta sexta-feira (27), respostas sobre o caso do Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morto em uma viatura da corporação, nesta quarta-feira (25), em Umabaúba, no interior do Sergipe.
A vitima morreu de asfixia, após ser abordado e colocado no porta malas da viatura da PRF tomada por gás lacrimogêneo. O vídeo do caso teve repercussão nas mídias sociais.
A organização exigiu providências, via ofício, para o gabinete do Ministro Anderson Torres, para que apure as condutas dos agentes que podem vir ser caracterizadas como prática de tortura, que tem agravante se for praticada por um agente público.
Em nota a Anistia Internacional afirma que ” o Ministério da Justiça e Segurança Pública é responsável pelo trabalho da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. Em relação à Chacina da Vila Cruzeiro, que, até agora, 23 pessoas foram mortas, e exige que a PRF deve averiguar se seus agentes recorreram ao uso excessivo e desproporcional da força letal”.
A organização continua na nota : “Se for o caso, precisa identificar, processar e responsabilizar os agentes públicos e os comandantes envolvidos na abordagem e na operação”
Ontem (26), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou os agentes envolvidos no caso. O órgão, que abriu processo disciplinar sobre, não informou qual foi o número de agentes afastados. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse nesta quinta-feira, 26, ter determinado a abertura de investigações pelas Polícia Federal (PF) e pela PRF sobre o assassinato.