Renda do trabalhador bate recorde e desemprego repete a menor taxa desde 2012

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, repetindo o menor índice desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. O resultado representa uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,8 ponto na comparação com o mesmo período de 2024.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31/10), o número de pessoas desocupadas chegou a 6 milhões, o menor já registrado.

A renda do trabalhador também bateu recorde. A massa de rendimento real atingiu R$ 354,6 bilhões, com alta de 5,5% em um ano, o equivalente a R$ 18,5 bilhões a mais. O rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 4% no período e se manteve estável no trimestre. O total de pessoas ocupadas permaneceu em 102,4 milhões, ainda em nível recorde, e o número de empregados com carteira assinada chegou a 39,2 milhões, o maior da série histórica.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, o nível elevado de ocupação indica que a queda do desemprego é sustentável. A taxa de subutilização da força de trabalho também recuou, chegando a 13,9%, a menor já registrada. O número de subocupados por insuficiência de horas caiu para 4,5 milhões, e o de desalentados, para 2,6 milhões, menos da metade do registrado no auge da pandemia.

Entre os setores, a agropecuária e a construção civil foram os que mais cresceram no trimestre, com aumento de 3,4% cada, o que representa 260 mil e 249 mil novas vagas, respectivamente. Em contrapartida, houve queda no comércio, com menos 274 mil trabalhadores, e nos serviços domésticos, com redução de 165 mil postos. Em relação a 2024, destacaram-se os avanços no setor de transportes, que ganhou 371 mil ocupados, e na administração pública, educação e saúde, com alta de 724 mil pessoas empregadas.

O trabalho formal segue em expansão, enquanto a informalidade apresenta queda. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 2,7% em um ano, enquanto os empregados sem registro caíram 4%, totalizando 13,5 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores por conta própria chegou a 25,9 milhões, um aumento de 4,1% no período.

A Pnad Contínua é a principal pesquisa do IBGE sobre o mercado de trabalho. Ela abrange 211 mil domicílios em todo o país e é realizada a cada trimestre. O próximo levantamento, referente ao trimestre encerrado em outubro, será divulgado em 28 de novembro.

*VIA GOV

*Estagiário sob supervisão da redação.

TAGS: #Desde 2012 #desemprego #Menor taxa #Recorde #Renda do trabalhador

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