O Brasil deu mais um passo na corrida por uma economia de baixo carbono. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) anunciaram um investimento de R$ 60 milhões para criar um Centro de Competência em Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono.
O anúncio foi feito durante o 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, em Brasília. O novo centro será financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e tem como meta desenvolver tecnologias limpas e fortalecer a indústria brasileira na transição energética.
A seleção das instituições interessadas em sediar o centro está aberta até 24 de novembro no site da Embrapii, e o resultado será divulgado em maio de 2026. Em mensagem enviada de viagem oficial pela Ásia, a ministra Luciana Santos destacou que o investimento reforça o compromisso do governo com o enfrentamento das mudanças climáticas. “Não há como enfrentar a crise climática sem ciência e sem investimento público. Estamos colocando em prática soluções concretas que fazem diferença na vida das pessoas”, afirmou.
O novo centro será voltado a instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que possuam estrutura adequada e experiência em projetos industriais. A ideia é aproximar o meio acadêmico do setor produtivo, tornando o Brasil referência em tecnologias sustentáveis.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Almeida Filho, a criação do centro é parte de uma estratégia para popularizar o uso do hidrogênio limpo. “Queremos trazer o hidrogênio para o dia a dia das pessoas e das empresas, tornando essa tecnologia acessível e viável”, disse.
O presidente da Embrapii, Álvaro Toubes Prata, ressaltou que o hidrogênio é um vetor energético estratégico e que a instituição já conta com milhares de pesquisadores e unidades em todo o país. “Nosso objetivo é transformar conhecimento científico em inovação com impacto econômico e social”, afirmou. Já o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, lembrou que a transformação ecológica vai além da descarbonização. “Esse centro mostra que o Brasil quer ser desenvolvedor, e não apenas usuário de novas tecnologias”, disse.
O Centro de Competência vai atuar em pesquisas sobre produção, armazenamento, transporte e segurança do hidrogênio, com aplicações em setores como siderurgia, transporte, fertilizantes, combustíveis, energia elétrica e processos industriais. O anúncio foi feito durante o 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio (4CBH2), que ocorre até sábado (25) em Brasília. O evento reúne pesquisadores, empresários e estudantes para debater os rumos da transição energética no país, com painéis técnicos, feira de negócios e oportunidades de parcerias.
VIA: Agência GOV / Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
*Estagiário sob supervisão da redação.







