O Laboratório Sabin de Análises Clínicas foi condenado pela Justiça a indenizar uma paciente que passou por um tratamento pesado de quimioterapia por causa de um erro em um exame. A decisão foi da 3ª Vara Cível de Taguatinga.
Segundo a paciente, o exame feito com material de uma biópsia na mama esquerda deu um resultado errado: apontou que ela tinha superexpressão da proteína HER2, o que indicaria um tipo específico de câncer. Por conta disso, ela teve que fazer seis sessões de um tratamento forte, com medicamentos voltados para esse tipo de caso. O problema é que, depois da mastectomia (retirada da mama), um novo exame mostrou que ela não tinha a tal proteína, ou seja, o tratamento foi desnecessário.
Ela relatou que a medicação causou efeitos colaterais graves, como diarreia intensa, cansaço extremo e piora de um problema cardíaco que ela já tinha. Também disse que tudo isso afetou muito seu estado emocional.
O laboratório, em sua defesa, afirmou que a paciente teria que fazer quimioterapia de qualquer jeito e que não ficou provado que os problemas foram causados pelo exame errado.
Mas o juiz entendeu diferente. Segundo ele, o laudo do laboratório foi sim o que definiu o tipo de tratamento adotado e, por isso, o erro levou a paciente a se submeter a um procedimento agressivo sem necessidade. O magistrado destacou que isso afetou diretamente a saúde e o bem-estar da mulher.
Com isso, o laboratório foi condenado a pagar R$ 40 mil em indenização por danos morais. Ainda cabe recurso da decisão.
*Estagiário sob supervisão da redação.