A estiagem no principal reservatório de água do Distrito Federal chegou mais cedo neste ano. O volume útil do Lago Descoberto, que abastece três das quatro Regiões Administrativas (RAs) mais populosas da capital, está caindo desde o dia 21 de abril e baixou o nível para 75% da capacidade total neste último domingo (24), de acordo com os dados da Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa).
Abrangendo as cidades de Ceilândia, Taguatinga, Sudoeste, Samambaia, Riacho Fundo, Guará, Águas Claras e Recanto das Emas – que reúnem mais da metade da população de Brasília –, portanto, o volume de água caiu 25% em aproximadamente dois meses. No mesmo dia 24 do ano passado, o volume estava em 88,6%; em 2020, 98,8%; e em 2019, 96,7%.
Desde quando atingiu a capacidade máxima após a crise hídrica, em 2019, o reservatório do Descoberto não ficava abaixo dos 86,3% de capacidade durante o sétimo mês do ano – este último valor foi registrado no dia 31 de julho do ano passado. Em 2022, porém, o mesmo mês começou com o nível em exatos 83% da capacidade total.
Em relação à perda do volume de água no mesmo período – do dia 1º ao dia 24 de julho –, em 2021, a quantidade total no reservatório do Descoberto caiu cerca de 6,1%. Já neste ano, a queda do volume de água foi mais rápida, caindo cerca de 9,6% em 24 dias. A baixa acontece principalmente em decorrência dos dias quentes e de seca vividos atualmente no DF – período no qual os reservatórios de água da capital tendem a esvaziar com maior facilidade.
Por outro lado, o reservatório de Santa Maria, que abastece as RAs do Plano Piloto, Lagos Norte e Sul, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Jardim Botânico, Itapoã, Paranoá e Taquari, ainda segue acima dos 90%. O cálculo mais atualizado, também feito no último domingo (24), indicou o volume em 90,6%.