O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou, nesta quinta-feira (7), a sua renúncia à posição de líder do Partido Conservador, e por consequência, deixará o cargo de primeiro-ministro, ficando como interino até que um novo premiê seja escolhido.
“É claro agora que deve haver um novo líder do Partido Conservador e, assim, um novo primeiro-ministro”, disse Boris Johnson.
“Eu vou servir até que um novo líder assuma”, acrescentou.
O premiê disse que um cronograma deve ser detalhado na próxima semana, e o processo de escolha de um próximo líder começa agora.
Boris Johnson afirmou que irá dar apoio ao novo líder a ser decidido. “Ao público, sei que muitos estarão aliviados. Estou triste por estar entregando o melhor emprego no mundo”, disse.
“A razão de eu ter lutado tanto é porque eu senti que era meu dever. Estou imensamente orgulhoso de minhas conquistas”, acrescentou.
Desde a última sexta-feira o premiê britânico vinha passando por mais uma crise no seu governo e sofria sortes pressões para deixar a liderança do país.
Nesta terça-feira, um ex-funcionário graduado do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido acusou o gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de mentir sobre um funcionário do partido conservador com um histórico de acusações de abuso. Foi dito que Johnson sabia da má-conduta antes de nomear Chris Pincher ao cargo.
Muitos dos parlamentares disseram estar cada vez mais frustrados em defender um governo cheio de escândalos.
Anteriormente, o primeiro-ministro britânico já havia passado por uma votação de desconfiança, da qual ele saiu vitorioso. Naquele momento, a crise havia se instalado devido às festas realizadas na sede de governo durante a fase de isolamento da pandemia.