Brasileira presa na Tailândia por tráfico de drogas é condenada a 9 anos e 6 meses de prisão

12 de maio de 2022 – 14:05
Por: Redação

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A brasileira presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, Mary Hellen Coelho Silva, foi condenada a 9 anos e seis meses de prisão. A informação é de Kaelly Cavoli Moreira, uma das advogadas de defesa da jovem.

Segundo Kaelly, a sentença foi proferida na quarta-feira (11), na Tailândia, mas os advogados tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12), por meio de um e-mail do consulado brasileiro. As informações ainda são preliminares, uma vez que os advogados aguardam o recebimento da sentença completa.

“A gente teve uma pena muito positiva, melhor do que a gente esperava. Nós estávamos contando com 50 anos de prisão, mas já tínhamos descartado a pena de morte e a prisão perpétua. Estamos caminhando para uma pena humana, o mundo precisa ir contramão de penas desumanas”, afirmou Kaelly.

Desde o fim de 2021, a lei contra o tráfico de drogas mudou na Tailândia. Conforme nova legislação atual, a pena máxima para o tráfico de cocaína no país é de 15 anos de prisão.

Tentativa de extradição

De acordo com a advogada, do total de 9 anos e 6 meses de prisão da condenação, 2 anos são por crime civil, e 7 anos e 6 meses são por crime penal.

“A brasileira teria sido assistida por defensor público nomeado pela própria Corte. O setor consular está tentando, desde ontem, obter cópias dos documentos da sentença da brasileira”, informou Kaelly.

Ainda de acordo com a defesa, após ter acesso à sentença, os advogados tentarão a extradição da jovem, para que ela possa cumprir a pena no Brasil.

Suspeita de aliciamento presa
No dia 5 de maio, a Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher suspeita de aliciar os três brasileiros que foram presos por tráfico internacional de drogas, no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia. Diante disto, um dos advogados de Mary Hellen, Telêmaco Marrace, afirmou que a prisão da mulher “abria caminho para a extradição” da jovem.

De acordo com Telêmaco, Mary Hellen entrou de “mula” na Tailândia e não sabia da existência da droga dentro da mala. Segundo ele, a prisão desta mulher confirma a versão da defesa.

“Nada prova também que a Mary Hellen sabia do conteúdo da mala. Ela provavelmente foi no emaranhado da trama, mas localizando quem emitiu a droga, muda um pouco a questão”, afirmou o advogado.

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