Insegurança alimentar atingiu 21% da população do DF

7 de julho de 2022 – 12:33
Por: Redação

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Após sete semanas de apresentação da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, por unidade de planejamento territorial (UPT), nesta quarta-feira (6), a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) apresentou o resultado do levantamento global de todas as 33 regiões administrativas da capital.

Em 2021, o estudo visitou mais de 30 mil residências da capital a fim de traçar o raio x distrital.

A Pdad 2021 traz as características demográficas, econômicas, de migração, trabalho e renda, condição social, etnia, estado civil, aspectos habitacionais, infraestrutura, entre outros aspectos dos moradores do DF.

“A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios é a principal fonte de informação do Governo do Distrito Federal para subsidiar políticas públicas e oferecer melhor qualidade de vida aos moradores e, também, a pesquisa que auxilia a imprensa local com dados evidentes”, disse o presidente da Codeplan, Jean Lima.  

A Pdad 2021 aponta que a população urbana do Distrito Federal era de 3.010.881 pessoas, sendo 52,2% do sexo de nascimento feminino. A idade média era de 34 anos.

Nesta edição, a pesquisa trouxe como novidade informações sobre identidade de gênero e orientação sexual para os maiores de 18 anos, questões de insegurança alimentar e sobre animais domésticos nos domicílios.

Um dos dados importantes da Pdad é com relação à insegurança alimentar.

Embora 79% da população pesquisada esteja em situação de segurança, em relação à alimentação, por outro lado, em 21% dos domicílios do Distrito Federal há pessoas em situação de insegurança alimentar (leve, moderada e grave).

Como bem define a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), a situação de gravidade se dá na redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, uma ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças.

Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio. E ela está presente, segundo a pesquisa, em 6.486 das 30.888 residências pesquisadas pela Codeplan.

Identidade de gênero

Outra inovação trazida pela Pdad 2021 foram perguntas sobre identidade de gênero e sobre orientação sexual dos moradores com 18 anos ou mais de idade.

Quando considerado o cruzamento com a questão sobre sexo de nascimento dessas pessoas, sobre identidade de gênero, 1% dos respondentes era transgênero.

No que diz respeito à orientação sexual, 3% dos respondentes eram lésbicas, gays, bissexuais ou outros.  Quando consideradas as pessoas LGBTQIA+, ou seja, pessoas transgêneros e/ou lésbicas, gays, bissexuais ou outros, verificou-se uma resposta afirmativa para 3,8% dos respondentes

No que diz respeito à raça/cor da pele, verificou-se que a resposta mais comum foi parda, para 46,2% dos moradores.

Sobre o estado civil, 46,5% da população com 14 anos ou mais de idade se declararam casados.

Por fim, sobre a posse de carteira nacional de habilitação (CNH), 62,7% dos moradores de 18 anos ou mais de idade afirmaram ter o documento

Escolaridade

Sobre a escolaridade, 96,1% dos moradores com seis anos ou mais de idade declararam saber ler e escrever. Para as pessoas entre 4 e 24 anos, 50,7% reportaram frequentar escola pública.

Considerando-se os estudantes de todas as idades, a modalidade predominante era presencial, para 81,3% dos respondentes e o turno predominante era matutino (53,5%).

Entre aqueles que frequentavam alguma unidade de ensino, 18% estudavam na RA Plano Piloto. O principal meio de transporte declarado foi a pé, para 33,7% dos respondentes. O tempo gasto mais reportado foi até 15 minutos para 52,5% dos estudantes.

Por fim, no que diz respeito à escolaridade das pessoas com 25 anos ou mais, 36,3% declararam ter o ensino superior completo

Trabalho e renda

Considerando as pessoas com 14 anos ou mais, também conhecida como população em idade ativa (PIA), 58,9% estavam economicamente ativas, isto é, ocupadas ou desocupadas (1.455.050 pessoas). Tendo como referência o período dos últimos 30 dias, a população desocupada compreendeu 10,9% dessa mesma faixa etária (158.947 pessoas).

Uma questão relevante para o mercado de trabalho diz respeito à parcela da população que não estuda, nem trabalha, os chamados “nem-nem”. Para a população entre 18 e 29 anos, 31,1% se encontravam nesta situação (181.619 jovens). Considerando-se entre os nem-nem apenas aqueles jovens que procuraram trabalho, tinha-se 9,4% (54.762 jovens)

Para os ocupados, foi questionada a atividade da empresa em que estes exerciam o seu trabalho principal, sendo o setor de “outros serviços” o mais informado, segundo 38,1% dos respondentes.

A Região Administrativa onde a maioria dos respondentes declarou exercer seu trabalho principal foi Plano Piloto (42%).

Finalmente, a posição na ocupação mais comum foi empregado no setor privado (exceto doméstico), para 46,4% dos entrevistados. Em média, os trabalhadores estavam há 7,7 anos na ocupação principal, e trabalhavam 37,9 horas por semana.

Sobre os trabalhadores do setor público, a principal área de atuação era estadual/distrital (50,1%) e era estatutário (67,8%).

No que diz respeito à remuneração de trabalho principal, o valor médio observado foi de R$ 3.801,00. Já a renda domiciliar estimada foi de R$ 6.938,40, que resulta em um valor médio por pessoa de R$ 3.001,50.

Animais de estimação

Outra novidade da Pdad 2021 diz respeito à existência de animais de estimação nos domicílios. Segundo os entrevistados, em 49,6% havia pelo menos um animal de estimação; em 11,1% havia gato; em 41,9% havia cachorro; em 5% havia ave; em 2,3% havia peixe; em 1,4% havia algum outro animal.

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