GDF amplia rede de acolhimento a vítimas de violência e já soma mais de 25 mil atendimentos em 2025

6 de outubro de 2025 – 16:15
Por: *Francisco Júnior

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Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Em dois anos, o Governo do Distrito Federal dobrou o número de unidades de proteção para mulheres em situação de violência, passando de 14 para 31 pontos espalhados por todas as regiões administrativas. Até junho deste ano, já foram realizados quase 25 mil atendimentos psicossociais e cerca de 12 mil mulheres foram acolhidas, de acordo com dados do Observatório de Violência contra a Mulher e Feminicídio.

A ampliação da rede só foi possível com o aumento do orçamento da Secretaria da Mulher, que saltou de R$ 10,3 milhões em 2020 para R$ 86,9 milhões em 2024, um crescimento de 743%. Hoje, além da Casa da Mulher Brasileira e da Casa Abrigo, novas unidades, núcleos especializados e até centros móveis reforçam os serviços de acolhimento, com escuta qualificada, orientação jurídica, apoio psicológico e encaminhamento para a rede de proteção.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destaca que o foco é levar informação e apoio até onde as mulheres estão: “A gente quer prevenir a violência. Por isso, estamos ampliando espaços públicos, levando campanhas e criando formas para que todas tenham acesso à informação e à rede de apoio.”

A história da Joana* mostra o quanto essa rede faz diferença. Mãe solo de cinco filhos, ela viveu anos em um relacionamento abusivo e chegou a ficar em cárcere privado por mais de dois anos. Há seis meses, procurou o Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher), e desde então participa de grupos terapêuticos online, faz cursos de artesanato e recebe o Bolsa Família e o auxílio aluguel social. “Cheguei aqui muito abalada, sem apoio, sem saber para onde correr. Hoje, encontrei uma nova vida e forças para recomeçar”, conta.

A rede também atua com homens autores de violência, oferecendo grupos reflexivos que ajudam a mudar comportamentos e evitar reincidência. João*, que participou dos encontros, afirma que mudou sua forma de agir: “Achava que estava certo, mas percebi que precisava mudar. Hoje sou mais calmo, aprendi a conversar, reconstruí o diálogo com minha família.”

Se você está passando por uma situação de violência, denuncie. Os canais são: 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar), 156 (opção 6), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o aplicativo Maria da Penha Online.

No DF, os locais de atendimento psicológico e acolhimento incluem o Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (PCDF), o programa Direito Delas (Secretaria de Justiça), a Casa da Mulher Brasileira, os Centros de Referência da Mulher, os Ceams (Centros Especializados de Atendimento à Mulher) e os Espaços Acolher, da Secretaria da Mulher.

*Os nomes utilizados nesta matéria são fictícios para preservar a segurança dos envolvidos.

*Estagiário sob supervisão da redação

*VIA GDF

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