Começa nesta terça-feira (5) a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A ação, promovida pelo Ministério da Justiça e coordenada pela Senasp, tem como objetivo aumentar as chances de identificação de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. No Distrito Federal, a coleta será feita pela Polícia Civil, por meio do Instituto de Identificação de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA), que fica no Complexo da PCDF.
A campanha vai até o dia 15 deste mês e, no DF, o atendimento será das 9h às 18h, com agendamento feito pelas delegacias de polícia diretamente com o IPDNA. Também é possível agendar pelos telefones (61) 3207-4365 / 3207-4367, e-mail ipdna-desaparecidos@pcdf.df.gov.br ou WhatsApp (61) 98253-8016.
A coleta é simples, segura e feita com um cotonete passado dentro da bochecha. Em alguns casos, pode ser feita com uma gota de sangue do dedo. Não precisa estar em jejum. Os dados genéticos serão incluídos nos bancos de perfis genéticos do DF e nacional, que cruzam informações constantemente para aumentar as chances de identificação de pessoas desaparecidas tanto vivas quanto falecidas.
Pode doar DNA quem for parente direto da pessoa desaparecida, como mãe, pai, filhos, irmãos (do mesmo pai e mãe). É necessário levar documentos pessoais, algum objeto de uso pessoal do desaparecido (como escova de dentes, cordão umbilical ou dente, se houver), além da ocorrência policial e o memorando da delegacia solicitando a coleta. Menores de idade ou pessoas com dificuldade de compreensão devem estar acompanhadas do responsável legal.
Quem doar recebe um comprovante da coleta e será avisado caso algum resultado positivo apareça, seja de alguém vivo ou falecido. Se ainda não houver identificação, o perfil genético permanece nos bancos e será cruzado com novas informações a cada atualização.
O Distrito Federal é destaque nacional nessa área. Segundo o primeiro Anuário de Segurança Pública do DF, 98% das pessoas desaparecidas no DF são localizadas. Isso é resultado do trabalho conjunto da Polícia Civil, com apoio de protocolos rápidos como o Sinal de Busca Imediata, que compartilha fotos da pessoa desaparecida com mais de 30 órgãos rapidamente.
Além disso, o DF conta com a Rede de Atenção Humanizada e tem um perfil no Instagram que ajuda a divulgar casos de desaparecimento e localização de pessoas. O trabalho integrado entre ciência, tecnologia e cuidado com as famílias tem feito do DF uma referência nacional nesse tipo de ação.
*Estagiário sob supervisão da redação.