O Brasil deu um passo importante no combate à manipulação de resultados esportivos ao oficializar sua adesão à Convenção de Macolin, um acordo internacional do Conselho da Europa que reúne países comprometidos em garantir a integridade das competições. A decisão foi anunciada nesta semana após aprovação conjunta dos Ministérios do Esporte, da Fazenda e da Justiça e Segurança Pública. A medida é considerada estratégica, principalmente diante do crescimento do mercado de apostas esportivas no país.
O ministro do Esporte, André Fufuca, afirmou que o governo está empenhado em garantir que os brasileiros confiem no sistema de apostas e que o ambiente esportivo seja protegido contra fraudes e ações ilegais. Ele destacou que a prioridade é impedir que operadores clandestinos se aproveitem das apostas online, assegurando um mercado seguro e transparente.
Desde a legalização das apostas esportivas de quota fixa, em 2018, o Brasil tem avançado na regulamentação do setor, que hoje atrai investimentos, movimenta a economia e impulsiona o patrocínio esportivo, especialmente no futebol. No entanto, ainda existem desafios como o combate ao mercado ilegal, a prevenção à lavagem de dinheiro e a criação de mecanismos eficientes de fiscalização.
Com a adesão à Convenção de Macolin, o Brasil passa a integrar um esforço internacional para enfrentar o crime de manipulação de resultados. O acordo prevê a cooperação entre governos, entidades esportivas, operadores de apostas e organizadores de competições, permitindo a troca de informações, inteligência e boas práticas para prevenir e punir fraudes no esporte.
Para o secretário nacional de apostas esportivas e desenvolvimento econômico do Esporte, Giovanni Rocco, a medida fortalece o país no cenário internacional e ajuda a proteger a integridade das competições. Ele destacou que o crime de manipulação de resultados é transnacional e complexo, exigindo colaboração internacional e uso de tecnologia avançada para monitoramento e investigação.
A Convenção de Macolin está em vigor desde 2019 e já foi ratificada por países como França, Itália, Noruega, Portugal e Suíça. Além dos europeus, também assinaram o acordo países como Austrália e Marrocos. Com a entrada do Brasil, o país se aproxima das melhores práticas globais no combate à manipulação esportiva e reforça seu compromisso com um ambiente esportivo justo e confiável para atletas, torcedores, clubes e operadores regulamentados.
*Estagiário sob supervisão da redação.
Via agência GOV.