A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, foi de 0,26% em julho, levemente acima de junho (0,24%). No ano, o índice acumula alta de 3,26% e, em 12 meses, chega a 5,23%, segundo o IBGE.
O grupo Alimentação e bebidas registrou queda de 0,27% pelo segundo mês seguido, puxado pela alimentação no domicílio (-0,69%), com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora de casa acelerou de 0,46% para 0,87%, influenciada pelo aumento nos lanches (1,90%), efeito típico do período de férias. Sem a queda nos alimentos, a inflação do mês teria sido de 0,41%.
Entre as altas, a energia elétrica residencial foi o maior impacto individual do índice (0,12 p.p.), acumulando alta de 10,18% no ano — a maior para o período desde 2018. A conta de luz segue pressionada pela bandeira tarifária vermelha patamar 1 e reajustes em concessionárias de várias cidades.
Outros destaques foram o grupo Despesas pessoais (0,76%), impulsionado por jogos de azar (11,17%), e Transportes (0,35%), com forte alta nas passagens aéreas (19,92%), segundo maior impacto individual do mês. Os combustíveis caíram 0,64%, mantendo quatro meses seguidos de recuo, com queda na gasolina, etanol, diesel e gás veicular.
O grupo Saúde e cuidados pessoais subiu 0,45%, puxado por itens de higiene (0,98%) e planos de saúde (0,35%). Nos índices regionais, São Paulo teve a maior variação (0,46%), influenciada por passagens aéreas e energia elétrica, enquanto Campo Grande registrou queda de 0,19%, com recuo na batata-inglesa e na conta de luz.
O INPC, que mede a inflação para famílias de menor renda, avançou 0,21% em julho, acumulando 3,30% no ano e 5,13% em 12 meses. Produtos alimentícios caíram 0,38%, e os não alimentícios subiram 0,41%.
*Estagiario sob supervisão da redação.