O maior telescópio espacial já lançado pela ciência, o James Webb, começou a divulgar imagens nunca vistas do universo na terça-feira (11). As imagens que mostram pontos no universo a anos luz da terra, levantam curiosidade.
Além da série de imagens, o telescópio também mostra dados científicos de suas primeiras observações.
As novas imagens mostram duas nebulosas (gigantes nuvens de poeira e gás que pairam no espaço), um aglomerado de galáxias e um grupo de cinco de galáxias a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância, ou seja, são fotos do passado.
Fotos do passado
Com as novidades do James Webb também surgiram dúvidas. A principal questão é: como um telescópio lançado agora tira fotos do passado? a resposta é simples:
Algumas fotos das estrelas, galáxias e nebulosas que o James Webb capturou estão muito distantes do nosso planeta e a luz que é enviada por elas demora um tempo para chegar aqui.
Um exemplo mais claro é o Sol, se ele explodisse agora, só saberíamos daqui 8 minutos, já que estamos cerca de 8 minutos e 12 segundos luz da estrela central do Sistema Solar. Quando a luz chega até nós, o evento já ocorreu, então a luz que vemos foi emitida pela estrela anos atrás.
Aglomerado de galáxias
Essa foi a primeira foto colorida divulgado pelo telescópio espacial James Webb.
Segundo a Nasa, a imagem é a visão infravermelha mais profunda e nítida do universo até então. Nela, é possível ver um aglomerado de galáxias chamado de SMACS 0723, exatamente como ele era há cerca de 4,6 bilhões de anos.
Nebulosa do Anel Sul
A imagem apresentada mostra a nebulosa planetária NGC 3132, conhecida informalmente como Nebulosa do Anel Sul, que está a aproximadamente 2.500 anos-luz de distância da Terra.
No centro do registro, é possível observar uma estrela anã branca rodeada por poeira e camadas de luz da Nebulosa do Anel Sul. Nebulosas são caracterizadas como grandes nuvens de poeira cósmicas e gases. Elas geralmente surgem a partir de explosões de estrelas que morreram. Eventualmente, essa nuvem se expandirá e desaparecerá no espaço (a imagem à direita mostra o início dessa expansão). Graças a isso, nascem novas estrela.
Nebulosa de Carina
A Nebulosa de Carina, por vezes chamada de Nebulosa de Eta Carinae, é o “contrário” da Anel Sul, conta Riffel: ela é uma região de formação de estrelas, ou seja um ‘berçário’ de estrelas
Segundo a agência espacial norte-americana, esta é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do espaço, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância, na constelação sul de Carina.
Quinteto de Stephan
O Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias (NGC7317, 7318A, 7318B, 7319 and 7320), o primeiro do tipo a ser descoberto. Foi o astrônomo francês Edouard Stephan, em 1877, que o descreveu pela primeira vez.
O quinteto está Localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso. Embora seja chamado de “quinteto”, somente 4 das galáxias estão realmente próximas umas das outras e envolvidas em uma espécie de “dança cósmica”.
A quinta galáxia mais à esquerda, chamada NGC 7320, está mais perto da Terra em comparação com as outras –a cerca de 40 milhões de anos-luz. Já as outras 4 estão a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância.