DF é o terceiro estado com maior frequência escolar entre crianças e jovens

7 de junho de 2022 – 11:14
Por: Redação

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Lançado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico do DF (Codese), o documento “Panorama de Desenvolvimento do DF – Maio 2022” analisa a evolução da capital federal durante os últimos 10 anos. Segundo os dados mais recentes, o DF está em 3º lugar entre as unidades federativas no ranking de escolarização de pessoas em idade escolar (de 4 a 24 anos) que frequentam a escola.

O Codese procura participar ativamente do planejamento econômico e sustentável do DF a curto, médio e longo prazo, e o diagnóstico em questão, une comparações com os demais estados brasileiros e capitais, e expõe dados regionalizados com base em indicadores, que abrangem aspectos demográficos, educação, saúde, segurança, economia e empresas, trabalho e renda, saneamento e sustentabilidade, desenvolvimento social e habitação e desenvolvimento urbano.

De acordo com o relatório, entre 2016 e 2019, o percentual de escolarização de crianças, adolescentes e jovens caiu apenas 0,2 pontos percentuais e fechou em 77%. Entre as capitais, Brasília está em 6º lugar e teve uma evolução tímida comparada à de Belo Horizonte (+2,1%) e Goiânia (+0,5%), durante o mesmo período. No DF, os locais com maior concentração de estudantes frequentes nessa faixa etária são Sudoeste/Octogonal, Águas Claras, Lago Sul e Jardim Botânico, todos com mais de 80%.

Com menos de 70% de frequência, estão as regiões do Itapoã, Guará, Riacho Fundo II, Fercal, Pôr do Sol, Taguatinga, SCIA e Estrutural e SIA. Com relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o DF fica em 2º lugar entre as UFs no que diz respeito ao Ensino Fundamental I, atrás somente de São Paulo. Já no ranking do Ensino Fundamental II e no ranking do Ensino Médio, o DF ocupa o 5º lugar. A evolução foi calculada com base nos números entre os anos de 2009 e 2019.

A capital federal também tem a maior escolaridade média das UFs, contudo, menos de 30% das crianças entre 0 a 3 anos estão na escola. Esse percentual está distante dos 50% previsto pelo Plano Nacional da Educação (PNE) e pode afetar o desenvolvimento cognitivo desse público. As regiões com mais crianças que frequentam a creche são a Candangolândia e o Sudoeste, com percentual de 36%, sendo que, de 2011 a 2021, a quantidade de matrículas nas creches em turno integral passou de 28% para 68%.

Atraso escolar

De acordo com o panorama de desenvolvimento, em 2020 ainda existia quase 28% de alunos na rede pública do ensino médio do DF com atraso escolar de, pelo menos, dois anos. Esse percentual é maior do que o observado em outros estados que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE-DF). Nos últimos 5 anos, a queda na chamada “distorção idade-série” caiu apenas 2,7 pontos percentuais.

Analfabetismo

Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF ocupa o 4º lugar entre as unidades federativas com menor índice de analfabetismo. Esse grupo representa 2,8% da população total do DF de 15 anos ou mais, onde o índice caiu 0,2% de 2012 a 2019. O estado com menor taxa de analfabetismo é Santa Catarina, com 2,3% da sua população total.

Entre as regiões administrativas do DF, o Sudoeste/Octogonal aparece de novo no topo da lista, com taxa zero de analfabetismo, ao lado de Águas Claras. Com a taxa acima de 3% estão Samambaia, Candangolândia, Paranoá, Varjão, Pôr do Sol, Planaltina, Brazlândia, Fercal, SCIA e Estrutural. Além disso, em 2019 a capital federal atingiu o 1º lugar no ranking de escolaridade média da população adulta e o 1º lugar no ranking de adultos com 25 anos ou mais com o ensino superior completo (33,8%).

Com o ensino médio completo ou equivalente, a taxa é de 28,2%. Porém, as matrículas em educação profissional técnica de nível médio no DF representam 17,1% do total de matrículas no ensino médio regular, mais que a região Centro-Oeste (12,2%) e menos que o Brasil (19,1%). Os cursos mais procurados entre 2019 e 2020 foram Enfermagem, Informática e Administração.

Pontos positivos

O panorama mostra que, segundo o IBGE, a economia do DF é a maior comparada às outras 33 cidades que fazem parte da RIDE. O DF possui um PIB que gira em torno de R$273,6 bilhões, e é seguido por Belo Horizonte, com PIB de R$97,2 bilhões e Goiânia, com PIB de R$52,9 bilhões. De acordo com o Valor Adicionado Bruto (VAB), que consiste na contribuição ao PIB pelas diversas atividades econômicas, o DF registrou mais de 50% vindo do setor de Serviços, seguido por 44,1% do setor da Administração Pública.

O documento ainda ressalta alguns outros pontos positivos do DF, com base nos números dos últimos 10 anos, como uma baixa taxa de mortalidade infantil e por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), um elevado nível de renda e maior escolaridade dos adultos entre as unidades federativas. Além disso, a capital possui alta taxa de mestres e doutores por 100 mil habitantes, baixa pobreza para os padrões nacionais, maior qualidade das rodovias e maior acesso à internet.

Pontos críticos

Em contrapartida, o DF possui uma das maiores desigualdades de renda do país, elevada taxa de desemprego, grande dependência do setor público e baixo acesso à educação infantil. Também tem uma alta taxa de crimes contra o patrimônio, disparidades entre as regiões administrativas e elevado índice de inadequação de moradias.

Com base em um estudo da Macroplan – também citado pelo panorama – , na última década o DF evoluiu em questões como segurança no trânsito e segurança pública, mas apresentou um recuo na taxa de pessoas alfabetizadas e na expectativa de vida, que na última década, aumentou apenas 2,7 anos.

*Com informações do Codese

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